sexta-feira, 16 de março de 2012

... Na presença de uma mulher!


Oi 

Nesse ano começou uma nova fase na minha vida. Muitas coisas externas mudaram como casa, faculdade, trabalho, rotina etc...Mas algo muito mais forte mudou na minha essência. E nesse mês com todas as homenagens às mulheres percebi o que há de novo em mim desde o começo do ano (talvez antes), só não sabia como explicar.
Então, lembrei de um dos primeiros posts que li do blog "Santa Menina", "...na presença de uma mulher!".  Na primeira vez que li, (tinha uns desesseis anos) queria ser igualzinha ao o que estava escrito nesse blog, mas na segunda vez  (no começo desse mês) percebi que era exatamente o que estava sentindo há alguns meses.
Sem mais impressões minhas e em homenagem ao mês da mulher, vamos ao post:


"... na presença de uma mulher!
Enfim meu post de estréia! Para as que ainda não me conhecem… Muito prazer! Sou a Kamilla e é com muita alegria (muita mesmo) e com muita gratidão que estréio aqui no Santa Menina!
Vamos ao post?
Há dias tenho pensado (dias não! Meses) na realidade da seguinte afirmação que li em um livro: “Todo homem quer ser homem na presença de uma mulher que é mulher!” Confuso?? Nenhuma novidade nisso? Como assim? E outras mil perguntas? Aposto que muitas delas se passaram pela minha cabeça também!
Duas semanas atrás essa frase ganhou forma, cor e realidade pra mim! Eu estava caminhando por uma rua bem famosa e tradicional aqui de Curitiba, o calçadão da Rua XV. Percebi que havia um tecido branco amarrado nos postes de luz. Percebi que isso não era apenas na quadra que eu estava, mas haviam tecidos brancos naqueles antigos postes históricos por toda a rua XV (e pra quem a conhece sabe que ela não é nada pequena!). Não, não era decoração de Natal. Percebi também, que havia algo escrito naqueles tecidos. Talvez aquilo tudo me chamou a atenção tão facilmente, porque costuro e vivo entre tecidos, logo um tecido não passa desapercebido assim tão facilmente por mim, e além disso, meu lado ultra curioso começou a se agitar! Passei por um, dois, três postes e no quarto não aguentei. Estiquei um tecido daqueles. Todos os curiosos ao redor esticaram os olhos. Acho que queriam saber tanto quanto eu o que estava escrito lá. Era uma frase escrita em típicas letras masculinas, daquelas “letras de forma”bem corridas e um tanto grudadas umas as outras. Não havia dúvidas que aquilo só podia ter sido escrito por um homem! Também era fácil de saber que um autêntico “canetão” havia sido usado pra que aquelas letras estivessem lá. Andei mais um pouquinho e abri outro tecido. A mesma frase, o mesmo tipo de caneta, uma caligrafia diferente, mas com o mesmo ar masculino. Tentei outro tecido e… a mesma frase, o mesmo tipo de caneta, uma caligrafia diferente, mas o mesmo ar masculino!

Foi inevitável olhar para todos os lados, pra ver se algum suspeito estava me observando. Eu queria saber quem colocou aqueles tecidos ali. Quem eram os homens que escreveram aquela mesma frase em todos aqueles postes! (Sei que aqui você deve estar pensando: Tá, Kami! Mas, o que estava escrito lá? E o que isso tem haver com um homem que quer ser homem e blá blá blá?)
Um sensação de segurança tomou conta de mim. Uma admiração! Uma honra. Sabia que se algum dos responsáveis daqueles tecidos nos postes estivesse por ali, ninguém faria nada pra mim. E se eu chorasse… ah se eu chorasse! Imediatamente uma dos responsáveis por aquilo iria querer saber quem me fez chorar! De repente eu queria ser a mais feminina de todo aquele calçadão! Queria ser a mais “mulherzinha”! Naquele instante eu não teria medo de chorar por um final de filme romântico, usar cor de rosa ou ter um ataque histérico por causa de uma barata! Não me envergonharia por gritar ao ver minhas amigas ou um sapato da cor do momento! Naquele momento eu não teria medo de me sentir vulnerável e não me incomodaria por não conseguir ou não querer carregar algo pesado demais pra mim. Naquele momento, eu só queria ser uma mulher.
Uma mulher com todas as suas características de mulher. Uma mulher como Deus me fez pra ser. “A parte mais frágil”, como descreveu o apóstolo Paulo! Naquele momento eu podia ser a parte mais frágil.
Naqueles tecidos estava escrito a seguinte frase: “Homens unidos em favor do fim de qualquer tipo de violência contra a mulher.”
E por que eu me senti daquela maneira? Simplesmente porque todo homem quer ser homem diante de uma mulher que é mulher e o mesmo acontece com uma mulher quando está na presença de um homem que é um verdadeiro homem!
Pode ter havido o movimento feminista e hoje pode ser que a maioria dos direitos sejam iguais! Pode ser que hoje mulheres ocupem cargos que eram totalmente dominados pelos homens! Podem existir mulheres que afirme que não precisam deles pra nada! Mas, mesmo com tudo isso não podemos negar que existem características que são dos homens e características que são das mulheres. São os homens que tem força física e as mulheres que são delicadas. Eles que são práticos e racionais e nós que somos totalmente emocionais. Eles que naturalmente conseguem prover e nós que sem esforço algum transformamos a provisão em maravilhosas refeições deixando todos com aquela cara de “Como ela transformou aquilo em tudo isso aqui?”
Sei que muitas de você agora estão pensando ou até falando: “nada  a vê”! Quero que tentem me entender. Não estou aqui falando que as mulheres são fracas e que os homens são pedras de gelo sem emoção e criatividade. Nada disso! Conheço mulheres com muita força física, outras extremamente práticas. Homens sensíveis, emocionais e incrivelmente criativos! O que quero dizer é que Deus nos fez com características únicas que estão em nós simplesmente pelo fato de sermos mulheres (ou homens) e que são “despertadas” quando nos encontramos na presença de homens (ou mulheres se você que está lendo isso é um homem) que são verdadeiros homens.
Pensa comigo! Você está com sua mala de viagem abarrotada com suas roupas todas, seus sapatos e claro o secador. Ela tá pesada demais. Mas, você vai carregá-la, afinal não tem nenhum homem por perto. Você vai se esforçar. Suar. Vai até mesmo pensar em refazê-la e deixar metade das suas coisas. As suas mãos doem. E você faz caretas. Seu braço dói. Você pára. Recobra o folego e se esforça mais ainda. Porém, se existe um homem de verdade por perto você vai se sentir segura em deixá-lo perceber todo o seu esforço, e confesso que com um homem de verdade por perto você nem vai precisar fazer com que ele veja que aquilo é demais pra você. Naturalmente ele vai se oferecer pra te ajudar. E você vai sorrir. Qualquer homem de verdade não se incomodará nenhum pouco pra ter um sorriso da parte mais frágil! Para ele isso será um honra! Ele se sentirá forte! E você confortavelmente vai se sentir frágil. Será uma honra se sentir frágil diante dele. Será natural ter suas mãos protegidas do esforço. Seu corpo do suor. E ter seu sorriso enchendo o ambiente!
Todo homem terá a honra de ser o cabeça, o privilégio de conduzir diante de uma mulher que mostra que deseja ser conduzida e não que revela sua capacidade de ser independente e se “virar sozinha”!
Eu me sentia assim andando pela rua XV porque sabia que qualquer um dos homens que andavam por ali (e a cidade toda passa por ali) poderia ter escrito aquilo naqueles tecidos e se declarado um defensor de qualquer mulher que sofresse qualquer tipo de violência (qualquer tipo é qualquer tipo, não apenas violência física). Eu me senti segura andando por ali. Na minha cidade existem homem se unindo, lutando e manifestando diante de todos seu compromisso em me defender. Naquela hora eu queria conhecê-los! Saber quem eram aqueles de coração tão nobre!
Isso tudo pode soar como utópico, romântico, sonhador, conto de fadas! Mas, isso não possui nenhuma conotação romântica! São homens entendendo para que foram criados e mulheres fazendo o mesmo!
Chegou o tempo de buscarmos em Deus e na sua Palavra tudo que ele nos fez pra ser! A parte mais frágil que com delicadeza jorra beleza por onde passa! O cabeça que guia e supre, provê e defende, honra e cuida.
As servas, ajudadoras idôneas diante dos fortes cavaleiros nobres.
Talvez a sociedade pós moderna diga que isso não existe mais. Que isso é algo da década de 50, 40… 30! Que somos iguais, direitos iguais, capacidades iguais. Talvez seja difícil pra você acreditar em tudo isso, porque talvez você mesma, nunca tenha ficado na presença de uma mulher ou de um homem de verdade e se quer sabe o que isso significa.
A ciência diz que nossa estrutura física é diferente. Que nossa estrutura emocional é diferente. Como que uma sociedade tão avançada cientifica e tecnologicamente acredita nessa mentira que homem e mulher é tudo igual! Procura no Google! Soa até engraçado!
Principalmente nós, meninas que buscam os referenciais bíblicos precisamos entender isso! Precisamos antes de acessar o Google, abrir nossas bíblias e pedir pra que o Criador dos gêneros nos ensine como sermos verdadeiras mulheres para despertar os verdadeiros homens que estão escondidos atrás das mentiras contadas por uma sociedade com valores deturpados e referenciais perdidos.
Quando começarmos com coragem agir como legítimas mulheres, com características de mulheres os homens terão coragem de ser os verdadeiros homens que foram feitos pra ser!
Mais que vontade de conhecer os homens que espalharam tecidos pela minha cidade, gostaria de conhecer as mulheres que vivem próximas deles. Tenho certeza que aprenderia muito com elas. Afinal, elas despertaram o melhor neles e eles as deixaram livras para serem mulheres! É um ciclo vicioso que trás o reino para mais perto!
Um forte abraço com um espírito calmo e delicado como devem ter as mulheres que temem a Deus … (I Pedro 3: 4)
 "


Espero que tenham sentido o que eu senti.
Beijos e parabéns mulheres!
Thamy de Lima

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